sábado, 4 de junho de 2011

... CONTINUANDO A RECORDAR LISBOA...


O Mercado da Ribeira








O Mercado da Ribeira, inicialmente denominado "Mercado da Ribeira Nova", foi construído sobre as ruínas do antigo forte de S. Paulo, demolido nos finais do século XIX para a abertura do Aterro da Boa Vista, a actual 24 de Julho. Obra do traço de Ressano Garcia, o criador das Avenidas Novas, foi inaugurado em 1882 e, muito pouco depois, destruído por um incêncio. A reconstrução, agora a cargo do arquitecto João Piloto ficou concluída apenas em 1930, mas o Mercado rapidamente se tornou num centro nevrálgico do comércio alimentar lisboeta e um ponto de referência para os noctívagos que, nas vizinhanças, iam beber o "cacau da Ribeira" ao romper do dia.
No piso superior do Mercado da Ribeira há um novo Espaço de Gastronomia, Arte e Cultura Populares, uma iniciativa do Turismo de Lisboa em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa.
Tendo como objectivo a promoção do artesanato, cultura popular e gastronomia de Lisboa e Vale do Tejo, este novo equipamento visa divulgar a genuidade das expressões populares, recusando uma concepção artificial do turismo.









O novo espaço foi cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, depois da transferência da actividade grossista para o MARL. São quatro mil metros quadrados, incluindo espaços dedicados à exposição e venda de artesanato, à demonstração do fabrico de peças artesanais e à restauração, com especial incidência na gastronomia regional.
Paralelamente, há uma área para exposições temporárias e um espaço multifuncional para espectáculos de música e dança de cariz popular, e, ainda, para conferências.
No piso térreo do edifício, continua a funcionar o mercado retalhista, onde se pode encontrar os habituais produtos alimentares e as flores, para que não se esqueça uma tradição arreigadamente vincada nos hábitos lisboetas.
O equipamento - que visa aproximar a actividade turística da cidade e o potencial cultural e artístico de toda a região de Lisboa e Vale do Tejo - destina-se à população local, de acordo com o princípio de "aquilo que é bom para os turistas tem que ser, em primeiro lugar, bom para os residentes".









A localização estratégica do Mercado da Ribeira permite tirar partido do incontronável eixo turístico Alfama/Castelo e Jerónimos/Torre de Belém, nas vizinhanças quase pedonais do Museu das Janelas Verdes, do Elevador da Bica, do Terreiro do Paço e de toda a Baixa Pombalina.
Na sua nova versão, o Mercado da Ribeira compartilha cinco áreas funcionais distintas, interligadas a um núcleo central.
A Loja de Artesanato, que funciona como loja-âncora de todo o conjunto, situa-se na nave do lado Nascente, apresentando a riqueza das artes popular e urbana características da Região de Lisboa e do Vale do Tejo. Estão presentes os próprios artesãos a trabalhar "ao vivo" e os visitantes são convidados a tentarem algumas experiências pessoais. Um selo de garantia autentica a qualidade e autenticidade dos produtos, que não estão apenas em exposição, mas podem também ser adquiridos. Ao lado, também em exposição/venda, não faltam os produtos gastronómicos regionais, doçaria, vinhos, enchidos, queijo, pão.
O núcleo central e a nave Sul do Centro destinam-se a exposições temporárias e periódicas, onde caberá sempre ao artesanato um lugar primordial, mas representando também um espaço aberto a outras zonas do País e até mesmo do Estrangeiro.










A nave central, denominada Palco do Tejo, é um espaço recreativo, com um palco para espectáculos de música e dança populares e tradicionais. Na vizinhança situa-se o Espaço do Tejo, uma área cultural destinada a conferências, exposições, colóquios, venda de livros, guias, mapas e revistas, CDs, vídeos -- um autêntico ponto de encontro das várias culturas da Região de Lisboa e do Vale do Tejo.
Na nave Poente, para finalizar, fica instalada a área dedicada à gastronomia. Ali se situa uma zona onde se servem refeições rápidas e ainda os "petiscos" tão característicos da cidade de Lisboa e do Vale do Tejo.
As obras de instalação do Espaço de Gastronomia, Arte e Cultura Populares respeitaram cuidadosamente a arquitectura de interiores, tendo a intervenção de reequipamento sido feita praticamente sem alterações na estrutura deste espaço tão familiar aos lisboetas, à excepção, naturalmente evidente, da envolvente da cozinha, de alguns serviços e da substituição dos pavimentos.


http://www.atl-turismolisboa.pt

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