quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SOLIDÃO AUMENTA EM 20% DURANTE FIM DE ANO


Final de ano normalmente é um momento de festa, alegria e confraternizações. Mas, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV) a procura por atendimento emocional aumenta 20% durante as festas de fim de ano. A maior parte que recorre ao serviço, que tem como objetivo atender gratuitamente pessoas que precisam de apoio imediato, se queixa da solidão.



Muitos não têm com quem passar o Natal e o Ano-Novo, segundo a voluntária do CVV Adriana Rizzo, 41. Para ela, o sofrimento decorre do fato de ver que o mundo inteiro está em festa enquanto eles não. "Quero que esta época passe logo para eu voltar à rotina" é um comentário feito por vários dos que ligam anonimamente à entidade em busca de ajuda.

A maior procura acontece durante a noite e aos finais de semana e o atendimento não é interrompido na véspera de Natal ou no Réveillon. Nesses períodos, as linhas chegam a ficar congestionadas.



Adriana, que é voluntária do CVV há 13 anos, conta que já foi escalada para passar uma noite de Natal atendendo ligações. Ela diz que foi gratificante: "Foi interessante. Muitas pessoas ligavam para desabafar e outras que foram ajudadas por nós queriam agradecer e desejar feliz Ano-Novo".

Ela conta que não existe um conselho único para ser dado às pessoas que se sentem mal nesta época. O que ela costuma fazer é ficar aberta para ouvir tudo o que a pessoa quer e precisa falar. "O momento é dela", diz.

Não há tempo determinado para as conversas. A duração pode variar entre cinco minutos e uma hora, de acordo com a necessidade. O CVV recebe aproximadamente 1,2 milhões de ligações telefônicas, ao ano. Dentre elas, pouco mais da metade são pedidos de ajuda (excluindo enganos e procura por informações). E o anonimato é preservado.



SUICÍDIO

Desde 1962, quando a entidade foi criada, o foco do atendimento mudou. Inicialmente, o objetivo era a intervenção com pessoas que estavam prestes a se matar. Atualmente, a filosofia do grupo é dar oportunidade para que as pessoas precisando de ajuda possam desabafar e falar de seus sofrimentos antes de pensarem em suicídio.

Adriana já atendeu pessoas que falavam em suicídio. Segundo ela, após alguns minutos de conversa a pessoa costuma se acalmar. Nesse momento, cabe ao voluntário tentar entender qual o motivo do sofrimento. Mesmo assim, em muitos casos é impossível saber qual foi a decisão da pessoa e o que aconteceu depois.

Alessandro (nome fictício), 55, nunca conversou com alguém que dizia explicitamente estar disposto a se matar, apesar de algumas pessoas atendidas contarem que já tinham pensado nisso. Voluntário há um ano, ele conta que é comum que as pessoas digam que se sentem melhor ao final da ligação, após conseguir verbalizar seus problemas.


http://www.vermelho.org.br
COMENTÁRIO:
No Brasil como em Portugal o problema da solidão é uma realidade e creio mesmo que no nosso país, ele ainda se torna mais complicado. A nossa população, segundo dados estatísticos está envelhecida e é nesta fase da vida que o abandono leva a situações extremas as quais muitas têm sido notícia nos órgãos de comunicação social.
No ano do voluntariado, saibamos dar as mãos e estar atentos para que possamos ajudar o próximo, não só nesta época festiva, mas também ao longo do ano.
GOLDFINGER

1 comentário:

Isamar disse...

É tempo de reflexão, de renovação, de distribuição de afectos. Que o façamos durante o ano inteiro. Um belo post, querido amigo! Como são sempre os que nos deixas.
Feliz Ano Novo,Tó! Que todos os teus desejos sejam concretizados apesar do mau momento por que passamos. Saúde, Paz, Amor...

Beijinhos

Bem-hajas!