terça-feira, 12 de maio de 2009

HOSPITAIS NÃO SABEM SE AGUENTAM A GRIPE



Segundo notícia do 24 Horas, em caso de pandemia a situação poderá ser complicada.

Nunca houve um simulacro para combater as pandemias”






Os hospitais portugueses podem não estar preparados para enfrentar uma pandemia (uma epidemia à escala global). Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), lembra que não existiram simulacros; não se conhece a lista de voluntários que poderão ajudar os hospitais e que nem todos os profissionais estão alerta para uma situação mais grave. Há mais de dois mil casos de gripe A no mundo.

E caso ela atinja proporções de pandemia, um terço da população mundial será atingida, disse ontem o director-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS), Keiji Fukuda. "Se isto evoluir para números muito significativos como é que será? Ainda não tivemos de fazer prova. O processo está montado, mas de que forma é que os responsáveis irão responder numa situação de pandemia?", interroga-se Pedro Lopes, presidente da APAH. "Isto é como os simulacros dos incêndios. Os planos só fazem sentido se forem testados. Não tenho conhecimento que o plano tenha sido testado. Devemos fazê-lo. Não nesta fase, mas quando passar a situação devemos fazer um simulacro", alerta o presidente.





Apesar do plano inicial estar a funcionar bem, Pedro Lopes tem outras dúvidas práticas. "A ideia que foi transmitida é que há voluntariado e está organizado, e que as listagens existem. É preciso saber se existe um programa que permite fazer os contactos. São pontos que não estão clarificados."

Ana Jorge aconselhou os diversos organismos e empresas a accionar ou a construir os seus planos de contingência para a gripe AH1N1. "Temos de ser capazes de responder a todas as eventualidades", disse a ministra da Saúde.

Segundo a Organização Mundial de Saúde um terço da população mundial será atingida com a gripe A. Também a questão do envolvimento dos profissionais de saúde deixa Pedro Lopes preocupado. "Os planos têm sido transmitidos aos responsáveis, mas não tanto aos profissionais. Não posso garantir que os hospitais tenham interiorizado a possibilidade de existir uma situação mais grave", alertou.





Risco nas salas de espera


O risco iminente de contaminação existe, mesmo sem a chegada de uma pandemia. Merlinde Madureira, médica interna no Hospital de Gaia, diz que é essencial que os doentes digam de onde vieram. "Na altura da inscrição, o doente deve dizer que esteve numa zona infectada. Se não o fizer, ninguém adivinha. Nessa altura já terá contactado com muita gente. O cidadão tem de ser responsável", disse a médica ao 24horas, lembrando que nem todos os hospitais têm condições. Como é o caso de Gaia. "Tem uma porta única de entrada e saída de doentes e a sala de observação não cumpre as regras. Há doentes internados no mesmo espaço em que outros são observados. Os serviços não conseguem dar resposta", revelou Merlinde Madureira


Fonte: Ana Maia / Jornal 24Horas

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