QUANTOS SERIAM PAI?

Olá Pai. Hoje seria o teu dia! Seria? Seria não, É o teu dia! Estejas lá tu onde estiveres, sei que estarás a comemorar mais um aniversário com a nossa mãe.

Farias hoje…. Que interessa quantos farias… era apenas mais um e que bom seria estivéssemos sentados à mesa cantando com a família em tua honra. Desafinados, desencontrados mas unidos à tua volta.

Quis o destino que partisses com tanta antecedência Pai. Por isso não te posso ter entre nós assoprando as velas do bolo da nossa saudade.

Vejo por entre as nuvens o teu aceno e é quanto baste para saber que estás bem e em paz. Tens a melhor companhia que poderias ter, a Mãe.

Com carinho e a picardia do costume, ela olha por ti e encontra, como sempre fez, a forma de te amar eternamente. Esse amor, tão forte, tão grande, tão profundo acompanhou-vos para todo o sempre.

Guardo a imagem do vosso adormecer, de mão sempre dada, como marcando lugar bem juntinho um do outro para o dia da partida.

Não foram no mesmo dia é certo, mas a viagem ficou irremediavelmente marcada e não demorou muito para que Ela a ti se juntasse.

Passaram a festejar os aniversários em conjunto, só os dois, deixando cair esse olhar que é só vosso, em cima dos nossos ombros. E nós sentimos! Eu sinto! Como nunca!

E tenho tanta saudade Pai!

Que este seja mais um de muitos que quero partilhar contigo. Convosco.

PARABÉNS PAI! Que Deus se sinta tão honrado quanto eu por te ter na sua companhia.

Cuida-te e não te deites tarde que faz frio. Sabes bem como não o suportas. Pede à Mãe que te aconchegue a roupa. Faz frio, muito frio. O frio da longa distância que nos separa.

Tentarei fechar os olhos e reviver tão belo aniversário que passámos hoje.

Beijinhos para vós. Para ti em especial.

Do teu filho!

GOLDFINGER