sábado, 14 de novembro de 2009

BOLAS…. ESTA JÁ PASSOU…. SEM PROBLEMAS FELIZMENTE!





Sexta-feira 13 de um mês que não interessa e de um ano que já lá vai. Fim de tarde de um fim-de-semana que se pretendia bem passado. Local de partida Lisboa, destino Oliveira de Frades. Uma família normal e feliz parte para esse fim-de-semana com o propósito de festejar na terra natal do mais velho, o seu aniversário. Desde sempre que esse era um desejo por concretizar. Nunca se tinha proporcionado e naquela sexta-feira 13, pai, mãe, filha, filho e avô partem para a santa terrinha, conjugando toda uma série de vontades da família. Em perspectiva uma almoçarada com uma vitelinha de Lafões, bem regada e o soprar das velas. Além de tudo o mais, seria um fim-de-semana fantástico, porque a região é lindíssima.

10 Horas da noite, a viagem decorria serena e sem sobressaltos até que, perto de Pombal a filha do casal atira para o ar: cheira a queimado!

A velocidade foi reduzida, o carro inspeccionado mesmo em andamento, e como de costume, a voz do pai ouviu-se ao fim de um tempo de cuidados e cautelas: é lá de fora!

Continuaram a sua aventura os cinco membros da família, mas cinco quilómetros mais à frente, a mesma voz da filha avisa com maior firmeza: ainda cheira mais a queimado e parece ser cá de dentro!

Num ápice, o pai abranda a marcha de novo, lança um olhar para debaixo do painel de instrumentos, e vê já reflectida no seu sapato a luz da chama, daquilo que viria a ser um terrível incêndio que destruiu por completo a viatura e um fim-de-semana tão programado.

Curto-circuito no sistema de desembaciamento do vidro traseiro, foi a causa que se apurou como início de um fogo que durante anos não saiu da mente dos cinco. Particularmente do mais pequeno, muito pequeno na altura. Felizmente que danos pessoais não existiram.

Bombeiros (já sem resultado), reboque, GNR e assistência em viagem estiveram presentes naquele fatídico dia.







13 do mesmo mês do ano seguinte. Meio da tarde de sábado, creio. Um passeio prometido após uma manhã de trabalho do pai. Local de partida Cacém, destino linha de Cascais. Desta vez a família estava reduzida a quatro. O avô, ficara em casa. Seria o descomprimir de uma semana de trabalho intenso e era hábito um passeio pela marginal, terminando normalmente com um regresso a casa pela linha de Sintra. Era o que habitualmente se chamava como a voltinha dos tristes. Pois era mas sabia bem.

A meio da viagem, perto de Oeiras, uma senhora distraída, aparece num cruzamento pela via onde não tinha prioridade e leva a frente do carro da família normal e feliz. Novo carro para a sucata. Também neste caso não existiram danos pessoais nos cinco, mas a senhora e quem a acompanhava e com ela partilhava a conversa que a distraiu, sofreram alguns danos de pouca monta, mas mesmo assim com algum aparato.

Desta vez não foram precisos bombeiros, mas o reboque, a GNR e a assistência em viagem estiveram presentes, como aliás seria normal.

Contada assim esta história, apenas teria de anormal o facto de terem sido dois acidentes da mesma família, no mesmo dia do mês e em anos seguidos, sendo que o primeiro foi de facto a uma sexta-feira 13.

Pois é, mas o mais tenebroso dos dois acontecimentos, vem a seguir. O agente da GNR que tomou nota deste segundo acidente, depois de ter identificado o pai da família normal e feliz, condutor do veículo destruído, olhou o identificado, e depois de ler e reler o nome do homem, levantou os olhos e perguntou:

- Desculpe mas o senhor não teve um acidente o ano passado na A1 na zona de Pombal?

- Acidente não senhor agente, mas ardeu-me o carro nessa zona que diz, faz precisamente hoje um ano. Mas porquê?

- Bem me pareceu, é que fui eu que tomei conta da ocorrência desse acidente nesse dia. Ao ler o seu apelido, que não é muito comum, veio-me à memória tudo.

- Bolas senhor agente, para o ano, neste mesmo dia 13 deste mês, não saia à rua, peço-lhe, que eu farei o mesmo.

O mesmo agente da autoridade, num mesmo dia 13, do mesmo mês de anos seguidos, num acidente em que interveio a mesma família normal e feliz, em que as duas situações se situaram a duzentos quilómetros de distância uma da outra.

Quero continuar a não acreditar em bruxas, mas que elas existem…. lá isso existem!

Bolas, esta sexta-feira 13 já lá vai!

Fotos da Net

GOLDFINGER



2 comentários:

gaivota disse...

que elas existem, existem!
há 17 anos no dia 20 de agosto, sofri um acidente terrível, fui atropelada, na calçada de carriche, bombeiros, etc (não me lembro nem sei nada, apenas imeginar o que se passa nessas alturas) fui para o Sta. Maria, onde estive 1 semana, depois teram-me alta para "ir morrer em casa" (já que lá nunca mais me despachava... e o SO estava mais que à pinha!" mas olha, lutei e não foi dessa...
exactamente 15 dias depois, a minha sobrinha ia de carro descendo a calçada de carriche para me ir visitar, e teve um pequeno acidente, bateram-lhe na trazeira, fi o carro imobilizado, ela não sofreu nada, felizmente, chamaram a policia e o ela contou o acidente e o porqueê de estar ali, e o agente que a interpelava, disse-lhe "ah, essa senhora era sua tia?, fui eu que tomei conta dessa ocorrência..." a minha sobrinha, admirada, só disse "oh, é a minha tia, vou visitá-la!"
mas foi em lisboa, no mesmo sítio, agora este caso que contas, é de facto não saírem de casa em mais nenhum dia 13, sexta-feira!
beijinhos
esta já passou, e o dia 11 também... ninguém mporre de véspera, antónio!
olha, hoje vou almoçar a chiqueda e à tarde vou estar em alcobaça...

Elvira Carvalho disse...

Conhecia a história desta família e de facto há situações que nos deixam perplexos.
Um abraço e uma boa semana