sábado, 28 de novembro de 2009

MAIS UMA CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE




Banco Alimentar inicia hoje campanha de recolha de alimentos

O Banco Alimentar Contra a Fome promove hoje e domingo uma nova campanha de recolha de alimentos em supermercados de 17 regiões do país, numa altura em que aumentou o número de pessoas necessitadas.

Em 17 regiões do país (Lisboa, Porto, Coimbra, Évora-Beja, Aveiro, Abrantes, São Miguel (Açores), Setúbal, Cova da Beira, Leiria, Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu-Viana do Castelo), cerca de 25 mil voluntários vão estar à porta dos estabelecimentos comerciais a convidar os portugueses a doarem contribuições em alimentos.

Na maior acção de voluntariado organizada em Portugal, a campanha de recolha de alimentos vai decorrer em 1320 lojas de 17 regiões do país. Segundo o Banco Alimentar Contra a Fome, leite, atum, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas e óleos são os produtos que devem ser privilegiados.







Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, disse à agência Lusa que, no primeiro semestre de 2009, 1.650 instituições foram apoiadas com produtos, que concederam ajuda alimentar a mais de 267 mil pessoas comprovadamente carenciadas.

Segundo Isabel Jonet, no primeiro semestre houve um aumento de 17 mil pessoas ajudadas pelos bancos alimentares relativamente ao ano passado. “Tem sido crescente o número de pessoas que recorrem ao banco alimentar para pedir ajuda e também o número de instituições que pedem um acréscimo de produtos”, adiantou.






De acordo com a organização, desempregados, idosos, crianças e famílias desestruturadas são os grupos mais atingidos pela situação de agravamento da situação económica em Portugal.

Isabel Jonet considera que o aumento da procura de ajuda se deve à situação difícil em que se encontram muitas famílias portuguesas devido à crise, “porque há pessoas numa situação mais difícil devido ao desemprego, mas também porque essas pessoas deixam de poder pagar as mensalidades das creches e dos lares, deixando as instituições de solidariedade social um bocadinho asfixiadas, uma vez que não têm os recursos de que estavam à espera”.

Além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem diariamente excedentes doados pela indústria agro-alimentar, agricultores, cadeias de distribuição e operadores dos mercados abastecedores.








No ano passado, os 14 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 17 500 toneladas de alimentos, equivalentes a um valor global estimado superior a 27 352 milhões de euros.

O primeiro Banco Alimentar nasceu em Portugal em 1992 e actualmente estão em actividade 17 Bancos Alimentares, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objectivo comum de ajudar pessoas carenciadas.

Público.PT

Fotos da Net






Comentário:

“Mais uma vez os portugueses são chamados a ajudar os que mais precisam e que, infelizmente vão aumentando dia após dia.

Esta acção não deveria ser necessária pois todos os homens deveriam ter os mesmos direitos, as mesmas oportunidades e as mesmas condições de sobrevivência. Acho que nem as obrigações são iguais para todos.

São de novo aqueles que ainda vão tendo trabalho mas que também atravessam a crise que se abateu no mundo, que se mostram solidários com o próximo, respondendo ao apelo de forma exemplar.

Nos diversos locais onde milhares de voluntários estão disponíveis para recolher as oferendas que a população vai podendo dar, as provas dessa solidariedade são bem visíveis. Raro foi aquele que vi entrar nas grandes superfícies que não trouxesse à saída a sua dádiva, mesmo pequena que fosse.

Darão pouco, é verdade mas dão do fundo do coração e com a mesma alegria com que levariam para casa o que ali foram deixando. E é uma sensação de consciência em paz por terem podido ajudar.

Pena que o Estado não faça o mesmo e não obrigue as grandes empresas que mesmo tempos difíceis ainda vão apresentando lucros assinaláveis.

Devem ter dificuldade reconheço, porque andarão alguns “gestores” ou “empresários” a dividir entre si o que poderia e chegaria para resolver muitos dos problemas das famílias carenciadas do nosso país.

Não esqueço a Igreja, que tem uma acção meritória em muitas situações, mas que não se priva de imponentes e avultados investimentos que não se percebe para que servem.

Uma melhor e mais equitativa distribuição da riqueza seria talvez a solução dos problemas da fome, mas isto sou eu a falar alto.

Uma palavra de apreço pelos milhares de voluntários que dedicaram o seu dia de hoje a tão nobre acção solidária “

GOLDFINGER


2 comentários:

gaivota disse...

pois foi assim, fui bem cedinho ao supermercado e a grande maioria dos clientes quase encheu o saco...
é muito bom e faz bem podermos ajudar um pouco aqueles que estão menos bem que nós!
bom fim de semana
beijinhos

Mare Liberum disse...

Infelizmente, o Homem continua a criar situações geradoras de grande desigualdade social e não vejo, pelo caminho que estamos a tomar, que a curto ou a médio prazos tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária.Que haja sempre quem tenha vontade de dividir!

Bem-hajas!

Beijinhos