Estudo revela que 10% dos retalhistas pensam reduzir o número de lojas
O mercado de centros comerciais atingiu o ponto de saturação e está já a prejudicar o comércio nacional. Um em cada cinco retalhistas diz não haver mais espaço para abertura de novos shoppings e 10% pensam reduzir o número de lojas.
Segundo última edição do "Inquérito aos Retalhistas 2009", da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, num universo de mais de 80 empresas, 79% dos retalhistas dizem não haver margem para a criação de novos centros comerciais. O crescimento da oferta de espaços comerciais foi o factor que mais afectou o sector do comércio em 2009, seguindo-se o endividamento das famílias, o desemprego e a quebra na confiança do consumidor. Factores como a deterioração do comércio de rua e a inflação são agora bem menos preocupantes para os retalhistas do que eram em 2007 e 2008.
O cenário que o sector atravessa não é favorável e, se nas duas primeiras edições do inquérito nenhum retalhista apontava a estratégia de redução como opção, cerca de 10% consideraram reduzir algumas lojas da sua cadeia em 2009. Esta redução irá ter repercussões no emprego, no entanto, esta categoria não foi contemplada nas conclusões do inquérito. Mas a maioria das marcas não se resigna e continua a apostar numa estratégia de crescimento. Segundo as conclusões do inquérito, os retalhistas procuram novas oportunidades, quer pela via da expansão para novos mercados, quer pela aposta na revitalização do comércio de rua.
E embora os centros comerciais sejam ainda o canal preferencial para a expansão das lojas, este formato tem vindo a perder terreno para o comércio tradicional, que reuniu 36% das preferências. Quando se fala em expansão geográfica, os retalhistas continuam a eleger o mercado ibérico, os países da Europa central e o Brasil, como os mais procurados. Mas, pela primeira vez, 4% dos retalhistas referiu Angola como destino de eleição.
Na opinião dos retalhistas, a Sonae Sierra continua a ser a líder nos espaços comerciais, com destaque para o Centro Colombo, NorteShopping e Centro Vasco da Gama, que concentraram 80% das preferências.
CATARINA CRAVEIRO/JN
Fotos da Net
GOLDFINGER
2 comentários:
Tonico, Portugal - como tu e eu o conhecemos - desapareceu: está coberto de centros comerciais e clubes de golfe...e o resto foi vendido a espanhóis e angolanos
Feliz semana.
Pois é António,
ESTa questão é algo que qualquer leigo mais atento já previa.
Saturada dos Centros comerciais também eu estou, prefiro o atendimento personalizado do comércio de rua, as casas tradicionais e que me oferecm uma relação de qualidade/preço mais aceitável que nas grandes superfícies.
Por cá vejo já em alguns grandes centros as lojas a fecharem, às vezes abrem outras no seu lugar, outras vezes não.
Receio que alguns centros comerciais acabem mesmo por mais cedo ou mais tarde fecharem totalmente, na medida em que estão demasiado perto uns dos outros.
Desejo-te uma boa semana.
Beijinhos
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