Portugueses desembolsam 62 milhões/dia em aquisições por multibanco
Este ano, os portugueses fizeram mais compras nos saldos de Janeiro, mas gastaram menos em cada transacção. O montante médio por aquisição foi de 40,4 euros, contra 42,1 euros no ano passado.
Segundo dados da SIBS, solicitados pelo JN, as compras com multibanco atingiram, em Janeiro, 1,9 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 3,2% e uma média diária de 62 milhões de euros
O número de operações também aumentou. Em Janeiro deste ano, houve 31,9 milhões de levantamentos (+1,4%) e 47 milhões de compras (+7,3%). Esta tendência resultou na diminuição do montante médio envolvido em cada operação.
O vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Vasco Melo, frisa que os dados da SIBS abrangem também o sector alimentar, onde não há saldos e o consumo é mais regular. Desta forma, traduzem apenas parcialmente a realidade dos comerciantes que praticaram preços mais baixos em Janeiro.
"Os movimentos através da rede multibanco são indicadores gerais e mesmo assim o montante médio das compras diminuiu, o que significa que no vestuário ou na electrónica de consumo, que estão em saldos em Janeiro, a tendência será ainda pior. Houve uma grande contracção do consumo", garante.
Natália Nunes, do Gabinete de Sobreendividamento da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (Deco), acredita que muitos consumidores estejam a adiar as compras para os períodos de saldos. "Com o sentimento de dificuldades, as pessoas estão mais conscientes e preocupadas com a gestão do dinheiro", diz.
A especialista sustenta a tese com dados do Instituto Nacional de Estatística. Em Janeiro, o volume de negócios no Comércio a Retalho registou uma variação homóloga de 0,1%, em comparação com a diminuição de 4,7% em Dezembro.
Para Natália Nunes, a "regra de ouro" na gestão do rendimento é "tomar decisões de compra de acordo com o orçamento familiar". "Fazer comparação de preços é fundamental", assegura.
JOÃO PAULO MADEIRA
MSN Notícias
GOLDFINGER
2 comentários:
Diminuir no consumo de bens, sobretudo nos supérfluos é essencial e obrigatório. Há que controlar o orçamento para assegurar a subsistência.
Jinhos mil
Bem-hajas!
Anda tudo demente...ou sou só eu?
Beijinhos, amigo.
Levo a foto, sim? Obrigada!
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