domingo, 21 de fevereiro de 2010

MAU TEMPO NA MADEIRA PROVOCA 32 MORTES




A tempestade que assolou a ilha da Madeira provocou 32 mortos e mais de 60 feridos, números confirmados pelo Governo Regional. José Sócrates já foi para o local e Cavaco Silva está a acompanhar a situação.

O vice-presidente do Governo Regional da Madeira, João Cunha e Silva, revelou hoje que já estão confirmadas 32 vítimas mortais, provocados pela tempestade que assolou a ilha.

Além dos 32 mortos, o hospital do Funchal registou a entrada de 68 feridos, dois dos quais tiveram de ser sujeitos a intervenções cirúrgicas, revelou o governante.

Autoridades admitem que estes números possam vir a aumentar.

Por seu turno, o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse que está a preparar o envio a Bruxelas de "um pedido de apoio", com "documentação fundamentada".

Alberto João Jardim confirmou que já falou com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, com o Presidente da República e com o primeiro ministro.

O Governo pôs ao dispor os “meios de que a região precisasse inclusivamente meios financeiros”, acrescentou.

José Sócrates já viajou para a Madeira

O primeiro-ministro, José Sócrates, deverá chegar ao Funchal entre as 20h30 e as 21h00, disse à Lusa uma fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro.

"O primeiro-ministro aterra no aeroporto do Funchal, se as condições climatéricas assim o permitirem, e segue para visitar as zonas afetadas e ter encontros com o Governo Regional para se inteirar da situação", acrescentou a mesma fonte.

Presidente da República acompanha a situação

O presidente da República, Cavaco Silva, expressou hoje as suas “mais sentidas condolências” para com as vítimas do temporal que assolou a Madeira, sublinhando a solidariedade do Continente e manifestando a intenção de se deslocar brevemente àquela região.

“Às famílias que foram atingidas pela morte eu quero expressar as mais sentidas condolências, a todos aqueles que perderam os seus bens e os seus haveres eu quero deixar uma palavra de esperança”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Numa comunicação no Palácio de Belém, o chefe de Estado adiantou ter recebido um telefonema do rei Juan Carlos de Espanha, que disse que o país vizinho “estava disponível para ajudar em tudo o que fosse necessário”.

“O rei de Espanha lembrou-me que tinha estado na ilha não há muito tempo numa visita e disse ter ficado absolutamente chocado com as imagens”, revelou Cavaco, referindo-se à visita que fez com os reis de Espanha em setembro de 2009.

Questionado sobre uma eventual deslocação à zona afetada pelo temporal, Cavaco Silva respondeu que irá fazê-lo “no momento apropriado”.

“Quando falei com o presidente do governo regional perguntei-lhe quando seria adequada a minha deslocação ao arquipélago e ficou combinado que seria depois de enfrentarem localmente toda esta situação e eu penso fazê-lo no momento apropriado e em articulação com as autoridades regionais”, referiu.

O chefe de Estado disse estar “desde manhã a acompanhar com toda a atenção a situação na ilha” e que manteve “contactos telefónicos com o presidente do Governo Regional e com o representante da República na região”.

“As imagens que nos chegam e o número de mortos, 32 de acordo com a informação que me foi dada, não deixam dúvidas quanto à dimensão da catástrofe que se abateu sobre a região da Madeira”, afirmou, sublinhando que, neste momento, a Madeira “precisa da solidariedade de todos nós”.

“É preciso ajudar todos os atingidos pelos temporais a construir o mundo que foi destruído”, disse, em jeito de apelo.

Cavaco adiantou que, na sequência da conversa que teve com Alberto João Jardim, contactou os chefes militares no sentido de enviar uma equipa de engenharia militar, “que pudesse rapidamente fornecer apoio na construção de pontes” para apoiar as populações e reduzir o isolamento em diversos locais da ilha.

“Estou convencido que não faltará a solidariedade aos madeirenses neste momento difícil", afirmou, manifestando o seu “apreço às autoridades locais e aos serviços de proteção civil locais”.

Questionado sobre se irá decretar luto nacional pela tragédia que se vive na Madeira, Cavaco esclareceu que essa iniciativa pertence ao Governo, mas que ainda não conversou com o executivo sobre o tema.

“É uma matéria que pode vir a ser ponderada, mas não sei que se neste momento essa é a questão fundamental”, considerou.

Cavaco rejeitou ainda as críticas à forte intervenção urbanística na Madeira, sublinhando que Portugal deve estar “concentrado” na solidariedade para com o povo daquela região autónoma.

O vídeo que se segue mostra alguma da destruição em Santo António - Funchal.

http://www.observatoriodoalgarve.com





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