terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

CRISE

Desemprego aumenta em Portugal


Só no mês de Janeiro ficaram sem emprego mais de 70 mil pessoas. São os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional, divulgados recentemente, e relativos ao primeiro mês do ano.

São também dados que reflectem já os efeitos da crise nas empresas e os despedimentos já realizados.
Francisco Madelino, presidente do Instituto de Emprego, em declarações à Renascença, explica que a tendência do aumento do desemprego vem já de Dezembro.
E quanto à variação em relação a Dezembro, os números do desemprego reflectem o aumento de 44,7% do número de inscritos nos centros de emprego.
A procura de novo emprego, é uma situação que abrange 92% dos casos, com 66,5% de inscritos há menos de um ano e 33,5% inscritos nos centros de emprego há um ano ou mais.
Francisco Madelino admite que o aumento do desemprego pode manter-se até final do primeiro trimestre do ano. “Por razões de sazonalidade, até Fevereiro/Março, a situação deve continuar neste caminho. Quanto ao resto, depende da situação macroeconómica mundial”.
Estão inscritas nos centros de emprego quase 448 mil pessoas.
AC

Notícia RR.pt/Informação Detalhe



A procura de emprego...


Comentário:

“Agora que o Carnaval acabou, é preocupante no mínimo o que se está a passar no Mundo em geral e em particular no nosso país. Percebo que a política de emprego esteja a sofrer influências directas de toda esta crise mundial, mas não vislumbro, nem soluções, nem que futuro aí vem.

Os nossos jovens formam-se mas não têm emprego, os menos jovens vão ficando desempregados, e aqueles que têm emprego, não me parece que em muitos casos o queiram preservar.

O mundo está feio, e nós, que sempre pagámos as facturas da leviandade da governação, estamos agora a ser confrontados diariamente com esta calamidade de ver casais desempregados no mesmo dia, sem alternativas, sem que para isso tivessem contribuído. Muito pelo contrário, estiveram nos seus postos de trabalho, respondendo presente ao que lhes foi solicitado e no fim o resultado foi este: RUA! Sem apelo…

Depois vejo Centrais Sindicais aos gritos, apelando por mais dinheiro, por menos horas de trabalho, enchendo a boca com as frases do costume. Para quê? Defendendo o quê?

Sei que os trabalhadores têm de estar unidos, sei que sempre defenderam a justiça social, mas aflige-me que em alturas de crise como esta que atravessamos, não encontre empregadores e empregados empenhados em salvar os postos de trabalho. Pelo contrário, muitos patrões encontram na crise a fórmula e a oportunidade de encerrar as suas empresas, alegando as dificuldades que se atravessam. A grande maioria, fica de conta bancária bem recheada e os trabalhadores que se amanhem e que gritem por ajuda ao Estado.

Por outro lado, a mesma crise, tem servido a alguns outros, alguns que se dizem defensores dos trabalhadores, para poleiro e promoção pessoal, mesmo que isso implique mais dificuldades para os que dizem defender.

É feita de muita incoerência esta política que nos governa, esta e todas as outras que a antecederam, porque também elas foram grandemente responsáveis pelo agravamento de crise nacional.



É mesmo para ficar preocupado Sr. Primeiro Ministro...


Foram anos de dinheiro fácil, de compadrios, de ganância, de promessas, de ilusões e muita inconsciência, mas somos nós, todos nós, aqueles que não podemos fugir ao Fisco, que temos de trabalhar no duro para pagar as contas, a quem se pede para apertar o cinto, que não gerimos bancos, somos nós, todos nós, parceiros pequenos neste mundo de interesses partidários e pessoais, que temos de pagar esta crise que alguns provocaram ou agravaram.

Estes 448 mil desempregados que estão inscritos nos centros de emprego, não devem corresponder à totalidade dos que se encontram sem trabalho, e conheço muitos nestas condições, não encontram resposta para os seus problemas mesmo estando inscritos nos centros de emprego, porque pura e simplesmente empregos são poucos e os que vão aparecendo não chegam para nada.

Andam por aí, inúmeras empresas de trabalho temporário, que prestam um serviço à população desempregada, não obstante algumas delas deixarem muito a desejar. E sei do que falo. Mesmo assim, ainda vão ajudando a minorar a crise.

Que futuro vão ter os nossos filhos? Que futuro terá este país? Que esperança nos é oferecida? Não encontram resposta pois não? Eu também não!

Não me admira pois, o aumento da criminalidade, nem vejo medidas adoptadas para suster este aumento. Até isso nos é negado e um dia destes ficaremos todos muito admirados se algo de mais grave vier a acontecer.

Vivemos numa época do salve-se quem puder e no fim, entre mortos e feridos, alguém há-de escapar… ”

GOLDFINGER


4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Concordo plenamente consigo. E francamente vejo o futuro muito sombrio, especialmente, para os nossos filhos, e netos.
Um abraço e boa semana

gaivota disse...

é isto mesm, e salve-se quem puder!
é triste o que se pode antever neste nosso país, nesta sociedade e para o futuro dos filhos e netos...
será que o snr p.m. está de facto preocupado? ou é só a foto...
beijinhos

Mare Liberum disse...

Subscrevo o teu post por inteiro. Ele reflecte bem a situação em que vivemos, o passado recente por que passámos e as preocupaçoes que andam nas nossas mentes. A mim, tem-me afectado muito esta situação.A falta de pão na mesa, as dificuldades em cumprir compromissos assumidos, os despedimentos em massa conduziram sempre a graves distúrbios sociais e entre eles está o aumento em flecha da taxa de criminalidade.
Um post muito assisado como é teu costume.

Um abraço apertado e mil bjinhos

Bem-hajas!

São disse...

Meu querido amigo, pornografia é isto: o desemprego causado por criaturas que embolsaram milhões e nem responsabilizadas são!!
Não o quadro do francês!
Beijos.