quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

TRAVESSIA SOBRE O TEJO ARRANCA NO PRÓXIMO ANO



Ambiente deu luz verde à nova ponte, onde o preço das portagens irá variar consoante a procura





A nova ponte sobre o Tejo já pode avançar. Foi aprovada a declaração de impacto ambiental, que impõe portagens diferenciadas mediante a procura. As obras do troço de alta velocidade que inclui a travessia arrancam em 2010.

Ontem, foi conhecida a decisão do Ministério do Ambiente que dá luz verde à Terceira Travessia do Tejo, entre Chelas e Barreiro. A declaração de impacto ambiental foi emitida segunda-feira e a obra estará concluída dentro de quatro anos, disse, ao JN, a secretária de Estado dos Transportes.




Segundo Ana Paula Vitorino, será lançado, até finais do próximo mês, em parceria público-privada, o concurso do troço Lisboa-Poceirão (Palmela), que inclui a ponte. A obra iniciar-se-á "no segundo semestre de 2010 e estará pronta em 2013", aplicando-se os mesmos prazos à travessia, que terá duas vias para alta velocidade, tal como para a rede convencional e tráfego rodoviário. O investimento é de 1,7 mil milhões de euros.

Um dos pontos inovadores é a cobrança de portagens consoante a hora ou o dia. O documento prevê, para as duas vias de tráfego rodoviário, um sistema de preços que penaliza os períodos de maior procura. E, também em momentos de maior tráfego, será reservada uma faixa para transportes públicos, veículos eléctricos (menos poluentes) e viaturas com um mínimo de dois a três passageiros.




Ana Paula Vitorino destacou, ao JN, o controlo de velocidade, considerando positivo o limite de 80 quilómetros por hora. "Será uma ponte com carácter urbano", sublinhou, aplaudindo, ainda, "a promoção do uso de transporte público". Questionada sobre se prevê dificuldade na aplicação, admitiu que há "medidas complexas". "Não a das vias reservadas, porque haverá sinalização" e "coimas", mas a diferenciação das taxas "porque implica conciliação com as concessionárias rodoviárias e as autarquias". Quanto aos privilégios para viaturas com mais de um passageiro, o objectivo é que "as pessoas passem a partilhar os carros". "Não é dar boleia ao vizinho, mas ao marido ou à mulher", explicou.


De resto, a declaração sugere uma via para bicicletas e prevê a criação de uma equipa técnica para os estudos de património, que não deverá permitir a afectação da Fábrica da Pólvora de Chelas. O abaixamento do tabuleiro da ponte e a opção por túneis em vez de viadutos também estão previstos.

Prometendo, tal como fez ontem o ministro Mário Lino, cumprir as recomendações do estudo, rejeitou que haja menos margem de manobra para uma obra deste tipo devido à crise. Argumenta que, tal como toda rede de alta velocidade, "promoverá a economia" e criará "mais emprego", nomeadamente o trabalho "qualificado.

Notícia de Carla Soares/JN






Comentário:

E o Tejo é tão grande… mas cheira-me que vem aí mais polémica! O tráfego que as duas pontes existentes têm, demonstra no entanto que esta terceira(em Lisboa), se justifica. Veremos se a prática comprovará uma nova construção. Uma coisa é certa, pelo menos durante três anos haverá emprego para muita gente, ajudando a amenizar este flagelo que se vem agravando diariamente devido à crise.

Fotos da Net

GOLDFINGER


2 comentários:

Mare Liberum disse...

Vem aí mais emprego é uma verdade mas, interpelo-me, não vem aí mais endividamento? E os impostos? Não aumentarão? E a circulação automóvel justificará essa nova via com tudo a aumentar de dia para dia?

Bem-hajas, Gold.

Sempre atento, amigo!

Mil beijinhos

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDO GOLD, CONCORDO EM SOLUTO COM A TUA APRECIAÇÃO, NESTE COMENTÁRIO... UMA BOA NOITE DE PAZ...
FERNANDINHA