segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ANEURISMA DA AORTA






82 por cento dos homens com mais de 65 anos não sabe o que é um aneurisma da aorta

Lisboa - A Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) e a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular (SPCCTV) acabam de divulgar os dados de um inquérito nacional que revela que 82 por cento da população portuguesa masculina com mais de 65 anos não sabe o que é um aneurisma da aorta, uma doença grave que afecta mais de 700 mil pessoas na Europa.

O estudo, realizado pela empresa Spirituc-Investigação Aplicada, indica ainda que 89,3 por cento dos homens com mais de 65 anos não consegue identificar os factores de risco associados ao aneurisma da aorta. «Esta conclusão é preocupante pois o risco de desenvolvimento desta doença aumenta com o avançar da idade, além de que os aneurismas da aorta abdominal ocorrem principalmente em homens, com mais de 65 anos», afirma o Dr. Joaquim Barbosa, presidente da SPACV.

O médico cirurgião vascular alerta ainda que «o aneurisma da aorta abdominal é uma doença silenciosa e por isso a maior parte das pessoas não sente quaisquer sintomas. Por essa razão é preciso que a população esteja atenta aos factores de risco desta doença: ser homem, fumador, com mais de 65 anos, sofrer de diabetes, aterosclerose, colesterol elevado, hipertensão, ou doença coronária e verificar se mais alguém na família já sofreu de um aneurisma da aorta».

A ruptura de um aneurisma da aorta abdominal é fatal em 80 por cento dos casos, pelo que o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Nesse sentido, a investigação indica que 44 por cento dos homens com mais de 65 anos gostava de fazer parte de um programa de rastreio do aneurisma da aorta abdominal. No entanto, «ainda não existe em Portugal um programa de rastreio gratuito que permita diagnosticar os grupos de risco desta doença, os homens com mais de 65 anos, apesar do diagnóstico ser simples através da realização de uma ecografia», comenta o Dr. Mota Capitão, presidente da SPCCTV.






Doença grave que afecta mais de 700 mil pessoas na Europa

«Na sequência destes resultados, que comprovam a necessidade de intervenção junto dos portugueses, e em particular dos homens com mais de 65 anos, decidimos lançar a campanha AORTA É VIDA, uma iniciativa inédita em Portugal, que pretende sensibilizar a população para os aneurismas da aorta e divulgar os principais factores de risco desta doença grave, permitindo assim aumentar o número de diagnósticos precoces em Portugal e diminuir o número de mortes por ruptura dos aneurismas», explica o Dr. João Albuquerque e Castro, Coordenador Nacional da Campanha AORTA É VIDA.

A campanha AORTA É VIDA irá contar, numa primeira fase, com sessões de esclarecimento em Universidades Seniores, distribuição de folhetos e de cartazes nos Centros de Saúde e Hospitais, e criação de um site para divulgação de informação, partilha de testemunhos de pessoas que sobreviveram à doença e resposta a dúvidas.

Para mais informações os portugueses podem consultar o site da campanha disponível em www.aortaevida.com

O aneurisma da aorta abdominal consiste numa dilatação localizada e permanente da aorta, a maior artéria do organismo, e é o mais frequente dos aneurismas arteriais, sendo uma das causas de morte súbita. Menos de 50 por cento dos pacientes em ruptura do aneurisma chegam vivos ao hospital.

Estima-se que 80 milhões de pessoas, na Europa, com 60 ou mais anos, estejam em risco de ter um aneurisma da aorta abdominal.

Ficha técnica do estudo: Para a realização deste estudo, a empresa Spirituc-Investigação Aplicada, responsável pelo estudo, inquiriu uma amostra de 150 homens com 65 ou mais anos, residentes em território continental. A amostra apresenta uma margem de erro de 8,0 por cento para um intervalo de confiança de 95 por cento.

Jornal Digital

Fotos da Net

GOLDFINGER



1 comentário:

gaivota disse...

pouco sabia em termos clínicos desta doença, e acontece que uma pessoa muita próxima, com apenas 40 anos, foi-lhe diagnosticado (há dias...)este aneurisma cardíaco, pelo que ainda está em avaliação, não havendo ainda concordâmcia em operar ou não, pois não sabem se será eficiente ou se é preferível manter o quadro clínico, recomendando uma vida mais calma, sem 'stress'
temos que esperar e ouvir outra opinião
obrigada pela informação, mesmo oportuna!
beijinhos