quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

HÁ CÃES QUE DESTROEM CASAMENTOS



Problemas comportamentais são uma das principais causas da eutanásia destes animais em Portugal

Casais obrigados a dormir separados, vizinhos à beira da loucura, bens destruídos e queixas na polícia são algumas das consequências dos problemas comportamentais dos cães que são uma das principais causas da eutanásia destes animais em Portugal.

O mais famoso cão com problemas de comportamento chamava-se Marley e é protagonista de um «best-seller» que passou para o cinema num filme que vai estrear brevemente em Portugal e foi campeão de bilheteira nos Estados Unidos.

«Marley e Eu» é o nome do livro e do filme e conta a história de uma família que tinha um cão muito especial: «Arrombava portas, arranhava paredes, babava em cima das visitas, comia roupa do estendal alheio e abocanhava tudo o que pudesse», lê-se na apresentação da obra cinematográfica.

Este cão «neurótico» apaixonou o mundo e os milhões de leitores que conheceram a sua história e aproveitaram a ocasião para partilhar as suas idênticas angústias de donos de cães com problemas comportamentais.

O que é um cão bem comportado?

«O comportamento dos animais é um assunto muito sério, sendo uma das principais causas de eutanásia», disse à Lusa Gonçalo da Graça Pereira, médico veterinário e mestre em Etologia Clínica e Bem-Estar Animal.

Ao seu consultório chegam cada vez mais animais referenciados com este tipo de problemas. São os chamados «cães mal comportados», uma definição «problemática».

«A definição de cão bem comportado muda muito de sociedade para sociedade e, enquanto que uma família considera bem comportado um cão completamente submisso, para outra poderá ser um cão activo mas que responde a ordens básicas», explicou.

Gonçalo da Graça Pereira recorda um estudo europeu que elegeu as características do cão preferidas dos donos: sociável, adaptável, fácil de ensinar, simpático para os donos, equilibrado nos seus comportamentos, que tenha feito uma socialização primária com a progenitora (até pelo menos aos dois meses).

A culpa dos conflitos - entre humanos e os seus cães - passa, na maioria dos casos, «pela comunicação, sobretudo pela comunicação corporal». «Os cães percebem os nossos menores gestos mas interpretam-nos de acordo com o seu código e linguagem, que é distinta da nossa», afirmou o médico veterinário, exemplificando com o exemplo do abraço: «Enquanto que para os humanos abraçar um cão é uma demonstração de afecto, para o cão este gesto pode ser até uma agressão».

Soluções

A solução passa pelo estabelecimento de «uma ponte de diálogo». Depois disso, avançou, «e com a ajuda do veterinário assistente e de um treinador, vamos aprender a dialogar com ele e a regrar o comportamento».

As principais manifestações comportamentais que levam o dono a procurar um veterinário assistente e este a referenciar o canídeo para a consulta de comportamento são a ansiedade por separação (cães que quando ficam sozinhos em casa destroem, uivam e eliminam inadequadamente), medos e fobias, comportamentos obsessivo-compulsivos, agressividade dirigida a humanos ou a outros animais.

O veterinário conta que já teve casos de donos que chegaram a ter de dormir separados por causa dos seus animais.

Muitos casos de ansiedade por separação começam com queixas de vizinhos que não conseguem estar na sua própria casa com o barulho que o cão faz e terminam com o envolvimento da polícia.

«Na maioria dos casos, o desfecho para o animal é que poderá ser o mais triste (eutanásia)». Por esta razão, Gonçalo Graça Pereira adverte: «Não se devem adiar tratamentos e tentar minimizá-los».

IOL PORTUGAL DIÁRIO

Foto da Net

Cá por casa existe apenas: um cão, uma cadela, duas gatas, um pombo e uma pomba. Tudo “pessoal” submisso, meigo e brincalhão. Até a nossa pomba nos vem comer à mão e está sempre de vigia no telhado da casa. Todos eles vivem em perfeita harmonia e é engraçado ver que as minhas gatas, quais felinos, uma vez por outra trazem-nos para dentro do quintal, os seus troféus de caça, normalmente pássaros, ratos e coelhos. Com os nossos pombos, coabitam lado a lado sem qualquer problema pois percebem que são “da casa”.

GOLDFINGER

8 comentários:

Mare Liberum disse...

Gostei muito de ler este post. Posso ser repetitiva mas é o que me apraz dizer.Gosto muito de animais e se vivesse numa moradia com espaço envolvente teria certamente uma boa meia-dúzia de cães e gatos. Tenho cães, muito submissos para os donos e amigos, não tanto para os desconhecidos. Mas essa também é a sua função.
Tem um bom dia, Gold!
Jinhos

gaivota disse...

os animais são os nossos melhores amigos!
já tive dois, um boxeur e uma dobberman, o máximo!e os meninos deles, uma doçura...
agora tenho um coelhinho, indiscritível, às vezes parece um cãozinho...
é o Tonho (á moda da praia!), é lindo!
beijinhos

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

0LÁ QUERIDO AMIGO, ADOREI LER O TEU MAGNÍFICO TEXTO... ADORO ANIMAIS, MAS NÃO POSSO TER, QUEM FICARIA COM ELES QUANDO TIVESSE DE SAIR... SOU UMA MULHER SÓ E FELIZ GRAÇAS A DEUS... ADORARIA TER CÃES, NÃO GOSTO DE GATOS... NUNCA TIVEMOS UMA RELAÇÃO MUITO AMISTOSA... EM CASOS DOS MEUS PAIS NOS AÇORES, TINHA CÃES E GATOS... MAS OS MEUS ANIMAIS PREFERIDOS ERAM AS GAIVOTAS... AINDA HOJE COMPRO SARDINHAS PARA AS ALIMENTAR E COMPRO AOS KILOS... MAS ADORO ESTAR COM ELAS NA PRAIA... UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Goldfinger disse...

Cata-Vento

Eu adoro animais, e como tenho possibilidade de os ter, por cá andam. E não são só cães...

Jinhos

Goldfinger disse...

Gaivota

Já me passou pela cabeça ter um coelho, mas acho que já animais que cheguem

Um beijinho

Goldfinger disse...

Fernandinha

Infelizmente, um belo dia apanhei uma gaivota com um lançamento que fiz num dia de pesca...
Mas gosto muito de animais

Um abraço

Branca disse...

Meu amigo,
tinha um comentário acabadinho e de repente enquanto cliquei numa tecla apareceu só essa letra e tudo o resto eclipsou-se como por magia.
E estava tão completo...fiquei desconsolada.
Se te aparecer por aí avisa.
Vou só deixar-te beijinhos, porque fiquei sem ânimo para repetir tudo de novo, mas volto para o fazer.
Tenho um cão, sempre tive um cão quase desde que nasci, nunca me deram problemas.
O defeito será dos cães ou dos donos? Será que não descarregarão neles frustrações ou então o outro extremo e deixam-nos demasiado abandonados?
Não será o mesmo problema de falta de afectos e de regras que existe em muitos sectores da sociedade e que também criam indisciplina no ser humano?
Afinal acabei por resumir o que já tinha dito mais ou menos.
Tem uma boa noite.
Beijinhos

Joaninha disse...

Meu caro amigo por momentos assustou-me ;).

Quanto ao seu post, eu tive um cão com sindroma de separação...Dava muito trabalho e impediu muitos jantares fora e idas ao cinema...Mas o que eu amava aquele bichinho doido não é possivel de descrever, por isso e apesar ladrar horas a fio quando estava sozinho, apesar de abrir o frigorifico e o forno, apesar de trepar as bancadas da cozinha...etc, etc...Viveu até aos 19 anos e fez a sua dona muito feliz.

beeijos