Ao contrário do que se julgava, também a Antártida continental está a sucumbir ao aquecimento global.
A Antártida costumava ser mencionada como uma excepção ao aquecimento global. No entanto, de acordo com um estudo também este continente está a ser vítima do aquecimento global, e ao mesmo ritmo que os restantes. Os dados foram publicados na revista científica britânica "Nature".
Na investigação, uma equipa de cientistas americanos liderados por Eric J. Steig, da Universidade de Washington em Seattle, e Drew T. Shindell, da NASA e da Universidade de Colúmbia, parecem ter conseguido superar uma limitação antiga: a falta de dados climáticos do interior do continente antárctico. É que a imensa maioria das estações climáticas da Antártida estão no litoral, o que dificulta a obtenção de informações fiáveis sobre o que está a acontecer com o clima das regiões mais próximas do pólo Sul.
Anteriormente pensava-se num aquecimento considerável na península Antártida (o braço de terra firme e ilhas na direcção da América do Sul) e um resfriamento predominante no continente antárctico propriamente dito. Parecia que os ventos marítimos levavam a humidade e o calor para península, enquanto o interior da Antártida ficava cada vez mais isolado.
"No entanto, o que nós vimos agora é que a influência predominante para todo o continente é mesmo o do aumento dos gases-estufa na atmosfera, o que está a gerar o aquecimento", afirmou Drew Shindell, em declarações ao Globo.com.
O efeito é mais pronunciado na Antárctida Ocidental, que aqueceu 0,5 grau Celsius nos últimos 50 anos – ligeiramente abaixo da média mundial no mesmo período, que foi de 0,6 grau Celsius. No acumulado do último século, no entanto, a Antártida Ocidental ganharia se essa taxa foi constante nas décadas anteriores, já que o total do aquecimento seria de 1 grau Celsius contra 0,8 grau Celsius no resto do mundo.
Já a Antártida Oriental também aqueceu, mas menos, diz Steig, sublinhando que as duas regiões do continente são bem diferentes.
Mar sem peixes
Também um estudo afirma que o aquecimento global trará como consequência a morte da vida nos oceanos
Um estudo publicado na edição online da Nature Geoscience refere que o aquecimento global pode multiplicar por 10 as zonas do oceano que não têm oxigénio. Condição primordial para a existência de vida.
Gary Shaffer, coordenador do estudo e professor na Universidade de Copenhague, dá como prováveis zonas onde isso possa acontecer, a costa do Oregon, nos Estados Unidos e o Chile. Isto porque a emissão de gases do efeito de estufa potencia o aumento da temperatura, o que provoca a desoxigenação do oceano.
O estudo desenvolveu modelos com os efeitos do aquecimento para os próximos 100 mil anos. O resultado apontou para a eliminação/diminuição do oxigénio na superfície dos oceanos.
Sentido das Letras / msn notícias
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GOLDFINGER
8 comentários:
Nem sei muito bem o que dizer sobre este problema, Goldfinger.
A verdade é que de uma forma geral há bastante tempo que fomos avisados desta questão e não foram tomadas medidas a nível dos governos para tentar atenuar o efeito estufa.
É uma problema que tem que ser resolvido a nível mundial, contribuindo nós individualmente no que pudermos, mas não vejo (não oiço) os governantes do mundo tomarem medidas...
Um beijinho, G.
De facto, é muito preocupante o que está a acontecer com o clima.
Mas não é nada que não tenha já acontecido anteriormente: só que agora nos calhou a nós...
Um abraço.
Que maus inquilinos temos sido nós! E agora pagamos por quanto negligenciámos esta casa que nos foi transmitida pelos nossos antepassados e que deveria ser entregue aos filhos tal qual no-la cederam. E afinal pusemo-la em rota de colisão com a vida!
Enquanto os mandantes do mundo não prestarem a atenção devida a este problema, grave e urgente, a casa continuará em deterioração. E temo que seja irreversível.
Bjinhos
Bem-hajas!
enquanto certas personalidades de grande implemento e "sabedoria" não se mexerem sobre este assunto, deixarem de parte as guerras e outros pormenores, não haverá como prevenir este problema mundial,
não será resolver pois é um assunto da natureza, mas poder-se-ão reduzir os seus impactos sobre a terra
beijinhos
Embora um estudo feito para 100 mil anos não tenha nenhum valor (nem para cem...), a verdade é que as grandes transformações da Terra se têm feito a esses números, centenas de milhares ou milhões de anos!
Um abraço
Se tinha dúvidas, agora não tenho mais...rsrsrs...fico muito feliz amigo, sentia muito sua falta...e mais feliz ainda pelas visitas e o constante carinho...adorei sua casa, particularmente gosto do fundo preto que sempre ressalta a beleza das imagens e a intensidade das palavras...o nome tb gostei muito...
Sua postagem é muito séria, essa questão muito me preocupa, tenho esperanças de que com o novo presidente dos EUA a questão seja levada mais a sério e o Tratado de Kyoto seja mais respeitado, nosso presidente falou ontem, por telefone com o presidente dos EUA, e a questão ambiental foi um dos principais assuntos abordados...acho que esta deveria ser 'a questão', ou melhor, deixar de ser 'questão' para ser 'atitude'...nossa vida está ameaçada, li hj nos jornais que está prevista a extinção dos pinguis imperadores até 2100, está longe? Não. A mãe natureza está sendo 'pressionada' e maltratada. Sabe Deus onde isso poderá nos levar e a que tempo.
Beijos!!
Parece um processo irreversivel...
Sopro-te um beijo na noite
A minha filha, costuma dizer que estamos a colher o que semeámos...
Em resposta ao comentário sobre a amizade, vou lá deixar o recado...
Um grande abraço
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